sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Para o ano que virá...



-
Quando o relógio marcar as 00:00:00, jogue todas as promessas pela janela.

domingo, 26 de dezembro de 2010



02:12 a.m~

Esse é um daqueles momento da vida, que você fica estagnada,
sentada ou deitada com centenas de reflexões e condicionais enchendo sua cabeça.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

X-mas...

- Então, é Natal, e o que você fez?

- MUITA coisa. As unhas, o cabelo, fiz aquelas compras indispensáveis de fim de ano, pra dar uma renovada no guarda-roupa, sabe? Também comprei o presente do amigo secreto, tirei a tia Marluce acredita? Sem falar que eu estou esperando ansiosamente pelo jantar na casa da vovó, ela faz cada sobremesa de dar água na boca. Será que eu fiz mais algo? Não a-cre-di-to, esqueci de comprar o presente do meu amorzinho, vê se pode? Agora você pode me dar licença, que eu ainda tenho que ir ajudar a arrumar a casa para aquele bando de gente chata da família. Não suporto.



O espírito de renovação está no nosso guarda-roupa.


quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Seis

6: 1/10 de minuto e hora, 1/4 de dia... 6 meses, 36 semanas. 1/2 de um ano, 180 dias, 4320 horas. Um simples número, suficiente pra Deus criar o mundo. é o arco-íris sem o violeta. é Mercúrio até Saturno. Minhas horas de sono diárias. Vezes 60, uma volta completa na terra. Dividido por três, nós. Eu e você, da forma mais completa possível. Os primeiros seis do resto de nossas vidas num pequeno universo de sorrisos e num turbilhão de amor.


"se não for devagar, que ao menos seja eterno assim."

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010









1:48 - E registro aqui, o primeiro dia em que a primeira
fagulha se deu, pra se apagar e nunca mais ousar se dar.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010








____
Troquei minha melancolia por um analgésico,
pra passar a dor e mudar todo o rumo da noite.





-
Que melancolia é essa, que vem assim, esgarçada?
e toma conta de mim, como quem não quer nada.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Clarice, viva, Lispector.

[...]
Enfim o que fosse acontecer, aconteceria. E por
enquanto nada acontecia, os dois não sabiam inventar
acontecimentos. Sentavam-se no que é de graça: banco
de praça pública. E ali acomodados, nada os distinguia
do resto do nada. Para a grande glória de Deus. [...]


Trecho de 'A hora da Estrela', de minha preferência.

domingo, 14 de novembro de 2010

A metamorfose

Franz Kafka resolveu então, trazer para a realidade Gregory, em sua forma mais grotesca, para ser mais exata, para cama da jovem moça - que berrou de desespero.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

00:08

Se isso depois da tormenta não foi o céu, imagine só quando chegarmos lá.

domingo, 7 de novembro de 2010

19:55

Meu coração está parecendo uma pluma agora. De tão leve.


19:27

E nenhuma mensagem, telefonema ou qualquer coisa do tipo.





-
Faz tempo que não sinto angustia tamanha.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

00:37

Certas situações de paciência e compreensão,
só existem quando o coração é bem cheio e quase transborda de amor.


Caso contrário... um simples toque destrói tudo.


Pensei várias vezes nisso. E permaneço assim meio frágil, porém, firme.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Só.

-
Era só um sofá, um simples sofá, um mero sofá, que ainda bem não falava.

Ai dele se nos remedassem...

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Uma amizade diferente.





Esta é Mary.

E este, é Max.

Ela vive na Austrália. Ele na América, mais precisamente em Nova Iorque. Ela tem apenas nove anos e é gordinha desajeitada. Já ele tem quarenta e quatro, sofre de obessidade. Sua comida preferida é leite condensado, um vício sem fim. A dele, são cachorros-quente de chocolate, receita própria. Filha única, meio abandonada no mundo com um pai que só se importa com seus animais mortos e mãe alcoólatra displicente. Max, ex-judeu abandonado por completo, exceto por criar caramujos com nomes de cientistas e um periquito chamado biscoito. Além disso, ele sofre da Síndrome de Asperger, vivendo num mundo todo preto e branco. Enquanto o mundo de Mary era marrom. Da maneira mais aleatória e inusitada possível, eles se tornam grandes e verdadeiros amigos. Como? Uma correspondência enviada por Mary para matar algumas de suas curiosidades e sua solidão.

O filme é genial, fala sobre preconceito, distúrbios no psicológico, amizade, vícios e manias, relações humanas, repleto de reflexões, cheio de controvérsias e ironia. Possui um caráter estético infantil quando se olha, embora seja extremamente melancólico e adulto.

“A vida de todo mundo é como uma longa calçada. Algumas são bem pavimentadas, outras (…) têm fendas, cascas de banana e bitucas de cigarro”.


segunda-feira, 25 de outubro de 2010

New York. Maio de 1995.

Caminhava sozinho, um senhor corcunda e feio, que já passava do prazo de validade e não tinha um vintém. Deu de repente, um forte vento, justamente no momento que uma granfina abria sua carteira e tiraria uma nota de 100 dólares, caindo esta, sob os pés daquele velho esfarrapado que mencionei antes. Ele olhou, sentiu o cheiro, o gosto e ficou com água na boca, só em pensar em uma semana de refeição. E pensou, pensou... viu a mulher se distanciar, perdendo um dinheiro que falta nenhuma a faria. Mas correu, com passos de formiga, pois era o mais rápido que podia, para alcançá-la. Então a tocou no ombro, que virou com desprezo (desprezo este que passaria logo), entre-olharam, ela, com olhos marcados, delineados, enquanto ele, com olhos cegos, baixos e fundos. Uma lágrima caiu. Depois, duas, três, quatro e assim sucessivamente. Ergueu a mão enrugada para entregar a nota, num sorriso quase que desdentado. Acontece que aquela que parecia só se importar com as últimas tendências internacionais de moda, o reconheceu: era seu pai, que havia desaparecido há mais de 15 anos.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

O amor não resolve nada.

O amor não resolve nada. O amor é uma coisa pessoal, e alimenta-se do respeito mútuo. Mas isto não transcende o colectivo. Levamos já dois mil anos dizendo-nos isso de amar-nos uns aos outros. E serviu de alguma coisa? Poderíamos mudá-lo por respeitar-nos uns aos outros, para ver se assim tem mais eficácia. Porque o amor não é suficiente.

“Saramago, el pesimista utópico”, Turia, Teruel, nº 57, 2001

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

*

- Está ouvindo? São pulsações, simultâneas...
- Um par. O famoso 2 = 1 + 1.
- Exatamente.



terça-feira, 14 de setembro de 2010

De si mesmo.


O termo autismo vem do grego “autós” que significa “de si mesmo”.

Antes que indivíduos venham fazer colocações erradas ou levar este problema como brincadeira ou até piada, saibam que a coisa é séria. Ok, tudo bem, quem sou eu pra falar, se nunca presenciei um quadro desses em ninguém das proximidades, apenas ouvi casos por alto. Mas sim, sei o suficiente ao ponto de encher o peito para falar e compartilhar com vocês.
Tudo começa por volta dos três anos de idade, período no qual crianças com desenvolvimento normal, começam a manifestar desejos através da comunicação, ter certa interação social e usar sua imaginação como só elas sabem. Acontece porém, que essas crianças com autismo infantil, possuem dificuldades de progressão nesses aspectos, tendo restrição na prática de atividades e interesses. Que fique bem claro, independe de classe, raça ou cultura.
Os portadores desse transtorno, tem sintomas e modos inusitados. O mundo paralelo no qual eles costumam viver, não é em vão. Uma vez preferindo a solidão e tomados por apatia, agem como se fossem surdos, resistem ao contato físico, dificilmente olha nos olhos, sua comunicação quando ligada as suas vontades baseia-se em gestos, dificilmente em palavras (nessa situação, fala de si com o da terceira pessoa "ele(a) quer"), além do curioso apego por objetos e a forma como os manipula circularmente.
Apesar da dificuldade e resistência a aprendizagem, por serem humanos, podem surpreender, e muito. É necessário, estímulo e persistência, e reconhecer que cada um possui limitações e merecem respeito, cuidados, mentes abertas para o universo e sua complexidade, os distúrbios no psicológico, são cheios de mitos e receios. As pessoas não os digerem facilmente. Segundo E. Christian Gauderer " E delas, a meu ver, a mais trágica, a que causa maior perplexidade e gera o maior tumulto emocional é o autismo."


Obs.: Não quis entrar em dados científicos, tampouco em estatísticas ou aprofundamentos. O intuito desse texto é, na verdade, que as pessoas procurem conhecer um pouco mais sobre, eu, você, nós, eles, todos, cidadãos. Mais informações: http://www.autismo.com.br/site.htm.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

K (rências)

Conheci certa vez dois estudantes que viviam numa mesma república, os quais jamais dariam certo. Ele respirava livros, jogos eletrônicos e sabia tudo de filmes. Ela, tinha o poder de auto-destruição. Era sarcástica, rude, gostava de farras, cachaçadas e possuía um desprezo de sua natureza pelas pessoas. Mas eles, contudo, tinham uma coisa em comum que nunca repararam: dormem todas as noites, abraçados com o travesseiro, tipo aquelas crianças que tem seu ursinho preferido para não se sentirem sozinhas, se é que me entendem. Pra quem não sabe, isso é nada mais, que sinônimo de carência. Outro dia, deixaram as almofadas de lado e resolveram substituí-la por um abraço quente. Ponto.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Quem sabe?

- É que ... Você me faz tão bem como ninguém fez antes. É uma paz, uma tranquilidade, que só você consegue transmitir.

(Silêncio)

- Tanta coisa passa pela minha cabeça agora, são palavras demais para te dizer, mas acho que isso resumiu bem. O resto eu vou te dizendo com o passar dos dias, meses...

- Ou anos...

- Séculos, quem sabe.

sábado, 7 de agosto de 2010

Apenas o fim.

"- Você é uma fraude, sabia? Uma fraude!
Bem bonitinha, mas uma fraude."

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Completamente doce.

Acho curioso constrangimento por bobagens, embora eu também o possua. Meus sonhos de olhos abertos, vivendo um eterno contentamento descontente, por querer sempre mais um minuto, um sorriso que seja. E gosto de relembrar o dia em que tudo começou, de reviver a cena quando possível e refazê-la também. Do carinho, do cheiro que fica impregnado em mim. Daquele frio na barriga que dá todas as vezes nas quais me arrumo para olhar para certos olhos grandes, pretos e marcantes. Tudo muito depressa, veloz. Para meus atuais suspiros, perda de sono, de inspiração e coração meio ausente comigo, transbordando de amor (ou algo similar), saltando do peito, só existe um culpado, um ladrão. E do modo que vai, continuarei lembrando, de modo doce, a longo prazo. Além das três palavras, que sairão da minha boca, demasiadamente sinceras.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Desfeito.

Duas alianças, ambos usando no dedo anular da mão direita, noivado. Um pedido. Um "sim" antecipado. Data marcada. Local da festa decidido. Lista de convidados e presentes. Cerimonial. Vestido. Terno era o de menos. Bolo e doces. Decoração. Maquiador e cabeleireiro. A tão sonhada viagem de lua de mel. Os fogos de artifício. O mais belo bouquet. É muito sentimento em jogo, muita expectativa. Em alguns casos mais dinheiro que afeto, pois ele havia sido promovido e estava em ótimas condições de vida. Mais status que felicidade. Deixemos isso pra lá. Talvez não venha ao caso agora... O fato é que, o dia tão esperado estava para chegar e os mínimos detalhes, resolvidos. Na verdade, nem todos. Faltava alguns cancelamentos, diversos telefonemas. Pedidos de desculpas e algumas falsas justificativas. Adiamentos. E o convite que hoje, há pouco chegara em minha residência foi desfeito. Nada de casamento, pelo menos não agora. Vai entender, prejuízo antes, imagine depois.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Sem mais.

O desencontro que uniu ou as nuvens no céu se movimentando rapidamente, bem como as estrelas incandescentes. A tranquilidade passada, o afago e o afeto. Um sorriso causado por outro, encabulado e a vermelhidão de um rosto tímido, que quer dizer algo, porém não consegue com palavras, que apenas é decifrado por quem conhece e sabe bem do que se trata. Faz-me bem. Sem mais.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Pra não esquecer.

É sempre uma sensação diferente. Um novo ar a ser respirado. Doar-se, compartilhar-se. Sentir. E fazer que aquele sentimento bom, dure o máximo que puder. E transbordar de uma felicidade simples, que não pede muito, fica satisfeita com pouco, ao lado de alguém que embora não seja a outra banda da laranja, transforme-se numa adição, multiplicação, equação... Ou então, deixemos números de lado, matemática não me cativa da mesma maneira que ele certamente conseguiu fazer.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Devaneio sem nome.

Eu usava uma roupa surrada, uma saia pouco acima do joelho, uma sandália havaiana e uma blusa preta. Segurava firme dois maços de cigarro, que jamais seriam tragados e guardava alguns pertences inúteis dentro de uma sacola de plástica. Naquela noite certamente eu não voltaria para casa. Aproveitei para extrapolar todos os limites que a vida havia imposto, indagando meu primeiro palavrão em alto e bom tom, sem o menor receio. Perambulei sozinha por vielas pouco iluminadas, os postes estavam todos com curto circuito e apagariam em instantes. Antes que roubassem-me a luz, guardei esta numa caixa, para que eu aprendesse a viver no escuro. E se por acaso, o tempo fosse deveras perverso e virasse um furta cor, ainda restaria a lua, formosa, vindo a brilhar. Caminhei, cantando "Dancing in the moon light" até cair adormecida num lugar que não me recordo bem, no entanto, bastante diferente da manhã posterior. Dei logo bom dia a querida Nandina Bonina, que embelezava os arredores. De ambos os lados, lindas residências, silêncio. Repentinamente, uma gota de chuva caiu na minha face, esbocei um sorriso. Sai pulando, feito criança que não sabe contar, nem liga para o tempo. Lá estava, Eu e a felicidade. Era um sonho.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Mudança.


Aqui em casa sempre fomos nômades, nos mudamos quase todos os anos, quando dá na telha. Aqui não, ali, lá, acolá, pois não paramos muito. Era tudo novidade, uma beleza, ar de vida nova. Isso nunca me incomodou tanto quanto me incomoda hoje e não sei o porque disso. Talvez seja pelo simples motivo de eu estar participando efetivamente da mudança e vendo uma história em cada pedacinho e coisa que toco, tendo um ataque nostálgico. Aparentemente, o valor dos seus objetos, papéis e inutilidades se eleva. E em poucas horas, um simples caminhão, rouba seu lar, transformando-o num novo, que cabe a você moldá-lo, buscar uma nova janela para olhar para a lua.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Bateram entre aspas.


Dia de domingo Jorge sentasse a mesa sozinho, as seis da matina. Não que ele despreze companhia, só os horários que não batem. Muitos dormem enquanto o galo canta, com uma espécie de canção de ninar. Ele é jovem, mas tem hábitos iguais ao da sua avó, parece ter nascido na época errada.
Queria casar com uma virgem e receber um excelente dote, moralista até as pontas dos dedos. E então, conheceu certa moça, que prezava pelos bons costumes e não seria a mais bela, porém a que causou irracionalidade. Ela, que também acordava junto ao sol, passara em frente a casa de Jorge, meramente feliz. Correu a janela falando bem alto, sem hesitar, convidando-a para um café na varanda, convite no qual ela timidamente aceitou. Café que amargou ambas bocas, uniu duas vidas, fez-se amor. Tudo graças a horários e corações que "bateram".

terça-feira, 13 de abril de 2010

Sobre beijos e queijos.


Quem não se recorda do primeiro beijo espalhafatoso que deu? E da decepção ou gosto de quero mais? E quem não adora receber um beijinho de bom dia dado por alguém que ama? Ou aquele maravilhoso e sincero, tão esperado? E ainda há os que sonham, com aquele que ainda vai acontecer. Beijo é bom quando doce, sincero, carinhoso ou até mesmo, louco. Seja de amor ou só de desejo.
No claro, escuro, em pé, deitado, upside down, na chuva, in the moonlight, debaixo d'água. De chegada, despedida, enviado pelo vento ou por sms, na bochecha, na mão ou onde preferir e for conveniente. Caliente, paciente, ou algo como "tomara-que-o-clima-esquente". Lembre-se apenas, que faz bem a mente e a dor de dente.
Cada dia, é dia de alguma coisa, que a gente desconhece: do bombeiro, da árvore, da unha encravada ou do dente de leite. E hoje, é desse ato simples, de doar-se, de alma, boca e coração (ou sem mesmo). Por isso, não excite, nem force a barra. Beije por vontade, quem te quer ou quem quiser, jamais por obrigação. E que não faça igual à Dia das mães e Natal, que só presenteia por obrigação. A espontaneidade faz a diferença e surpreende também.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Lista de desejos.

Não havia nada,absolutamente nada. Precisava-se de fôlego e de um estômago bom. Até porque, certas situações, não são para qualquer um. Dia belo, sol radiante, levantou-se o rapaz, fez higienização bucal, tomou uma ducha, se vestiu. Ia trabalhar, mas decidiu, que a partir daquele dia, abandonaria o emprego e daria novo rumo a sua vida monótona. Pegou um pedaço de papel para fazer a listagem das coisas mais bizarras que sempre teve vontade de fazer, e que porém nunca teve coragem, escrevendo detalhadamente cada coisa. Depois de escrever, silenciou e realizou seus desejos, anseios em doses pequenas, preparando com bastante tempero, aguçando seu paladar. Desapareceu por dias. Até que retornou, numa noite de luar, sem um dos seus braços. Seu vizinho, apavorado perguntou: "Sofreste um acidente, jovem?" e ele respondeu de imediato " Não, só fiz realizar minhas vontades mais secretas e saborosas, mas como não quis fazê-la com os outros, fiz comigo, sem qualquer arrependimento".

domingo, 28 de março de 2010

Amor imbecil.

um pobre coração doa esse sentimento.

quarta-feira, 24 de março de 2010

É.

É, juro que tentei mais de trocentas vezes! Desconstruir todas as informações e opiniões mostradas pela mídia, mas definitivamente, não dá. Sei que é desumano, violento, horrível, chocante e de má digestão. Certos fatos, são dignos de defenestração da nossa mente por causar angustia, assim como certas pessoas, que nos fazem sentir isto. Sempre há de existir incógnitas na história que são fáceis de descobrir, é só resolver a equação. Exceto em crimes perfeitos, mas crimes perfeitos não deixam suspeitos.

domingo, 14 de março de 2010

Chocolate com menta.



Queria falar um pouco, sobre como ser doce.

A principio é paraíso, sabor e riso.
Benditos daqueles que experimentam
lançam olhar preciso
e a cada mordida atentam.

Mas nem tudo que reluz é ouro,
ingerir demasiadamente enjoa,
assim como ingerir à toa
o velho sabor amarga
a felicidade se estraga.
o amor? não é duradouro.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Pegada mágica.

Nunca quis me apaixonar, não havia alguma em aumentar a quantidade de dopamina ou feniletilamina dentro do meu organismo. Para mim, esse estado é um tanto quanto, desculpe o termo, idiota. Beijava no mínimo cinco mulheres por noite, devido a minha carência física, porém jamais emocional. E o pior de tudo: por tentar ser simpático, dava meu número de telefone e todas me ligavam no dia seguinte, coisa totalmente desistimulante para quem é seguidor do desapego.
Certo dia, minutos de sair para aproveitar a noite de sábado, cansado dessa deprimente, pensei: hoje darei um jeito de fazer essas mulheres grudentas saírem do meu pé, preciso só arranjar uma cantada infalível.
Então fui, cheguei chegando, pedi um drink, comecei a flertar as mais sedutoras. Mirei em uma a qual tinha o olhar mais profundo e inspirador que eu já vi. Aproximei-me, segui o ritmo frenético da música, beijei seu rosto e sussurrei: Que tal uma pegada mágica? Ela não entendeu, precisei complementar: Eu te pego e depois você some! Sem mais meias palavras e logo nos beijamos por alguns instantes. Acontece que ela obedeceu, sumiu logo após. Nem sequer pediu meu telefone, então não me ligaria no dia seguinte. Não sei o porquê, mas a esperei a noite inteira pelo seu regresso. Creio que minha mente havia sido dominada pelas malditas substâncias da paixão.
Ao amanhecer, ligo a televisão para assistir ao noticiário: "URGENTE! Mulher desaparece após ir a boate aqui na cidade". Mostram sua fotografia. Era ela. Maldita cantada!

Créditos da cantada à tuzinho =)

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Diálogo com a morte.

- Vejo através dessa estação de trem o preto e branco criar cores e brilho.
- Que cores vê?
- As cores do que está parando de doer, virando paz eterna.
- E o que tanto doía?
- A vida. Não nasci para ela. Eu já cheguei próximo a sentir o gosto e o cheiro desta várias vezes,
embarcar em qualquer classe, por qualquer motivo.
- Gostaria de fazer uma deliciosa e alucinante viagem para o lugar que sempre ambicionou
porém, nunca te permiti entrar?
- Me leve. Agora. É o que mais desejo... Um lugar menos inóspito.
- Não.
- Por que?
- Só morre quem tem medo de morrer.

Passou anos e anos, na estação, sentado, esperando, que a morte viesse ao seu encontro.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

As coisas se repetem.

Percebi algo: a catraca gira e para no mesmo lugar,
o que se difere são as pessoas mas os casos são semelhantes.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

O que eu gosto.

O que eu gosto não tem amor, admiração, angústia, abstinência, amargura, azedume. Nem possui bondade, benevolência, breguices, beleza, banalidade. É sem calamidades, carinho, curiosidade, coragem, caridade, coração. Isento de demagogia, detalhes, dor, essência, extravagância, estupidez, egoísmo, embriaguez. Falta fraqueza e força, felicidade ou ganância, gostos, gestos, ser humano. Ignorância, imperfeição, inteligência, ideais. Jogos, joias, jornais, janelas ? jamais. Tampouco leal e com luxúria. Nunca másculo muito menos mimoso. Nada de novo nem novidade. No mais, neurótico ouvinte obscuro, para que? Perfumadas risadas junto a ruídos, ai se sessê de sorrisos. Tatuada tristeza, detesto. Urubus e seres únicos me incomodam. Vaidade é vingança. Ah! até ZzZzZzZz... Não gosto! Sabe por que? Eu gosto do que não existe.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Pop art.


Tentativa frustada...

domingo, 10 de janeiro de 2010

Diálogo com a liberdade.

- Hey, você!
- Sim?
- O que faz deitada na areia da praia rindo sozinha a uma hora dessas?
- Estou curtindo minha liberdade, fugi de casa noite passada.
- Para você, ser livre é isso, então?
- Claro que sim, quer algo melhor do que isso?
- Ter liberdade de mente, corpo e espírito. Quando algo lhe acontecer, pedirá colo. E quem precisa disso, ainda está encadeado, preso a algo ou alguém.
- Nem te conheço, para vir dar pitacos em minha vida, francamente.
- Realmente, acertou em cheio. Eu, a liberdade sou uma palavra que demorará para chegar ao seu vocabulário. Aprenda um pouco mais , depois eu volto. Até mais ver.

A menina saiu correndo, de volta sua a casa, transtornada.
Percebeu algo: realmente livres, só as borboletas.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

O retorno

Acho que a felicidade fez as pazes comigo. Todo santo dia ela me acorda. Faz-me sorrir e diz que para ela estar ao meu lado, caminhando em sintonia, não é preciso de muito, nem de ninguém. Somente nós dois. Desfilamos por aí, porém, disfarçados, já que morrem de vontade de te roubar. Você é toda minha, querida.


Termina assim, o breve discurso da jovem.