quarta-feira, 21 de julho de 2010

Completamente doce.

Acho curioso constrangimento por bobagens, embora eu também o possua. Meus sonhos de olhos abertos, vivendo um eterno contentamento descontente, por querer sempre mais um minuto, um sorriso que seja. E gosto de relembrar o dia em que tudo começou, de reviver a cena quando possível e refazê-la também. Do carinho, do cheiro que fica impregnado em mim. Daquele frio na barriga que dá todas as vezes nas quais me arrumo para olhar para certos olhos grandes, pretos e marcantes. Tudo muito depressa, veloz. Para meus atuais suspiros, perda de sono, de inspiração e coração meio ausente comigo, transbordando de amor (ou algo similar), saltando do peito, só existe um culpado, um ladrão. E do modo que vai, continuarei lembrando, de modo doce, a longo prazo. Além das três palavras, que sairão da minha boca, demasiadamente sinceras.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Desfeito.

Duas alianças, ambos usando no dedo anular da mão direita, noivado. Um pedido. Um "sim" antecipado. Data marcada. Local da festa decidido. Lista de convidados e presentes. Cerimonial. Vestido. Terno era o de menos. Bolo e doces. Decoração. Maquiador e cabeleireiro. A tão sonhada viagem de lua de mel. Os fogos de artifício. O mais belo bouquet. É muito sentimento em jogo, muita expectativa. Em alguns casos mais dinheiro que afeto, pois ele havia sido promovido e estava em ótimas condições de vida. Mais status que felicidade. Deixemos isso pra lá. Talvez não venha ao caso agora... O fato é que, o dia tão esperado estava para chegar e os mínimos detalhes, resolvidos. Na verdade, nem todos. Faltava alguns cancelamentos, diversos telefonemas. Pedidos de desculpas e algumas falsas justificativas. Adiamentos. E o convite que hoje, há pouco chegara em minha residência foi desfeito. Nada de casamento, pelo menos não agora. Vai entender, prejuízo antes, imagine depois.