segunda-feira, 30 de março de 2009

Sobre a teoria de desconstrução mental do gostar/amor.

A teoria é baseada ninte:
1. Sempre estar gostando de uma pessoa e vice-versa, mas se não acontece nada, ai tudo bem.
2.A partir do momento que a coisa começa a se concretrizar, um relacionamento ou o sentimento a se fortalizar, a coisa já muda.
3. Nunca demonstrar interesse por ter sempre um pé atrás.
4. Quando começa a levantar as possibilidades de se apaixonar, começa a eliminá-las, uma a uma.
5.Prefere algo não correspondido já que assim não há risco de se decepcionar.
6.Cria-se problemas e hipóteses, colocando na cabeça que aquilo nunca vai dar certo.

domingo, 15 de março de 2009

Fingindo.

- Preciso de te dizer algo...
- O quê?
- Vou fingir que esqueci você.
- Como assim?
- Guardar você na gaveta, na carteira, ou até na minha memória passada.
- Mas... pensei que estava apenas se distraindo comigo, por acaso esteve apaixonada por mim?
- É, isso mesmo.
- Você quer dizer que... ?
- É, te amei desdo primeiro dia e vou guardar seus beijos para quando quiseres de volta.
- Então...?
- Vou procurar alguém que me dê motivos para amá-lo.
- Para amar não precisa de motivo.
- Por isso que vive aí, arrodeado de mulheres,"amando" sem nenhum propósito ou motivo.
- É que...
- Não precisa se explicar,eu apenas estou fingindo, esqueceu?
- É...
- Já sabe, quando quiser, te tiro da gaveta para você me pôr em suas mãos.
(Cada um seguiu seu caminho)

sexta-feira, 13 de março de 2009

O bar.

Era sexta-feira, a mulher acabava de voltar de uma caminhada ou academia, imagino. Tudo isso pensando em encontrá-lo mais tarde, mas era muito incerto, dava pra ver na angústia da sua expressão. Então para num barzinho de esquina de bairro, senta-se só, acende um cigarro, pede uma cerveja e disca o número daquele em quem pensou o dia inteiro, liga então, ansiosa, mais de uma vez,entretanto, não obtém sucesso. Deprimi mas não demonstra. Logo chegam duas amigas, para acompanhá-la e ouvir sua paixão mal-sucedida. (Provavelmente irá encher a cara, e se afogar em lágrimas logo depois...)

terça-feira, 10 de março de 2009

Um "pois é" basta.

(Silêncio)
-Pois é, né?
- Pois é...

(Silêncio)
- ...
- ...
(beijos intermináveis) 

domingo, 8 de março de 2009

Laura, Samuel e o portão.

Noite, não havia cores, nem luz, só a lua,as estrelas e Laura, menina-moça, magrinha, crespos cabelos e olhos cor de mel, sem mistérios. Caminhava sob o sereno sem rumo, numa cidadezinha pacata, até que encontra um belo portão, mas não dava pra ver o que se passava do outro lado, nem o que a esperava,  dúvida no ar, agonia nos pés. Deveria abrir e mudar seu destino? ou deixar fechado e mudá-lo do mesmo jeito? A verdade dela era o medo do novo.
Fim de tarde, chuva, nostalgia de cores no arco-íris, o sol partindo e Samuel, rapaz de média estatura, olhos verdes, lisos cabelos, misterioso. Corria sob a chuva com um caminho já traçado, numa cidade fascinante, e encontra exatamente aquilo que queria, o portão, mesmo não dando pra ver o que passava do outro lado, sabia com certeza, o que encontraria: a cidadezinha pacata, noite, sem luz, sem cores, só a lua, as estrelas,  e sonhava conhecer Laura, pois na sua vida, só a tinha em sonhos. Certeza nos pés, agonia no ar. 
Deveria abrir e mudar seu destino? ou deixar fechado e mudá-lo do mesmo jeito? A verdade dele era a vontade de tentar.
Vinte instantes por um pensamento. Laura decidi acabar com o mistério, Samuel fica meio receioso mas segue em frente. Começam então, a empurrar o portão, ela quase insenta de força, sabendo que não suportaria o peso. Ele puxava pelo trinco de ouro, com algum sacrifício. Após uma porção de minutos de esforço, o impresível acontece,bate a cabeça de forma violenta e quase fatal, cai no chão, pobre Samuel. Por pior que tenha sido, os destinos mudaram, e muito. Laura apaixonou-se por ele quase inconsciente, mas não tinha tempo a perder, deixou uma mensagem de caneta, num pedaço de jornal do dia anterior "O que nos separava, era apenas um portão, agora espero que não seja a morte, se acaso chegue a viver, me procure, no lugar dos seus sonhos", ao lado, uma maçã partida ao meio.  Seguindo então pro lado de lá.
Tempos depois acordou e não esperou, logo estava ele, sob o arco-íris, como em seus sonhos, a outra metade da maçã no chão, e uma moça sentada de costas, porém ao invés de mulher era uma menina-moça. Achou ser um engano, mas ao sentir seu coração pulsar mais depressa que nunca, concluiu: era Laura.