terça-feira, 29 de junho de 2010

Sem mais.

O desencontro que uniu ou as nuvens no céu se movimentando rapidamente, bem como as estrelas incandescentes. A tranquilidade passada, o afago e o afeto. Um sorriso causado por outro, encabulado e a vermelhidão de um rosto tímido, que quer dizer algo, porém não consegue com palavras, que apenas é decifrado por quem conhece e sabe bem do que se trata. Faz-me bem. Sem mais.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Pra não esquecer.

É sempre uma sensação diferente. Um novo ar a ser respirado. Doar-se, compartilhar-se. Sentir. E fazer que aquele sentimento bom, dure o máximo que puder. E transbordar de uma felicidade simples, que não pede muito, fica satisfeita com pouco, ao lado de alguém que embora não seja a outra banda da laranja, transforme-se numa adição, multiplicação, equação... Ou então, deixemos números de lado, matemática não me cativa da mesma maneira que ele certamente conseguiu fazer.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Devaneio sem nome.

Eu usava uma roupa surrada, uma saia pouco acima do joelho, uma sandália havaiana e uma blusa preta. Segurava firme dois maços de cigarro, que jamais seriam tragados e guardava alguns pertences inúteis dentro de uma sacola de plástica. Naquela noite certamente eu não voltaria para casa. Aproveitei para extrapolar todos os limites que a vida havia imposto, indagando meu primeiro palavrão em alto e bom tom, sem o menor receio. Perambulei sozinha por vielas pouco iluminadas, os postes estavam todos com curto circuito e apagariam em instantes. Antes que roubassem-me a luz, guardei esta numa caixa, para que eu aprendesse a viver no escuro. E se por acaso, o tempo fosse deveras perverso e virasse um furta cor, ainda restaria a lua, formosa, vindo a brilhar. Caminhei, cantando "Dancing in the moon light" até cair adormecida num lugar que não me recordo bem, no entanto, bastante diferente da manhã posterior. Dei logo bom dia a querida Nandina Bonina, que embelezava os arredores. De ambos os lados, lindas residências, silêncio. Repentinamente, uma gota de chuva caiu na minha face, esbocei um sorriso. Sai pulando, feito criança que não sabe contar, nem liga para o tempo. Lá estava, Eu e a felicidade. Era um sonho.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Mudança.


Aqui em casa sempre fomos nômades, nos mudamos quase todos os anos, quando dá na telha. Aqui não, ali, lá, acolá, pois não paramos muito. Era tudo novidade, uma beleza, ar de vida nova. Isso nunca me incomodou tanto quanto me incomoda hoje e não sei o porque disso. Talvez seja pelo simples motivo de eu estar participando efetivamente da mudança e vendo uma história em cada pedacinho e coisa que toco, tendo um ataque nostálgico. Aparentemente, o valor dos seus objetos, papéis e inutilidades se eleva. E em poucas horas, um simples caminhão, rouba seu lar, transformando-o num novo, que cabe a você moldá-lo, buscar uma nova janela para olhar para a lua.