Dia de domingo Jorge sentasse a mesa sozinho, as seis da matina. Não que ele despreze companhia, só os horários que não batem. Muitos dormem enquanto o galo canta, com uma espécie de canção de ninar. Ele é jovem, mas tem hábitos iguais ao da sua avó, parece ter nascido na época errada.
Queria casar com uma virgem e receber um excelente dote, moralista até as pontas dos dedos. E então, conheceu certa moça, que prezava pelos bons costumes e não seria a mais bela, porém a que causou irracionalidade. Ela, que também acordava junto ao sol, passara em frente a casa de Jorge, meramente feliz. Correu a janela falando bem alto, sem hesitar, convidando-a para um café na varanda, convite no qual ela timidamente aceitou. Café que amargou ambas bocas, uniu duas vidas, fez-se amor. Tudo graças a horários e corações que "bateram".
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