terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Feliz aniversário envelheço na cidade.

Quando criança, aniversário é sinônimo de presentes, ao redor de um mundo doce e encanto por estar aumentando o número de velas de bolo, até que um dia se sopra mas acontece que ela apaga, não só o fogo como também todas as utopias, sonhos. Eis o divisor imperceptível da infância com a fase adulta. Os olhos abrem e percebe-se como o número não é a quantidade méritos da vida e a aquela ansiedade de nada valia. Todos os sorrisos necessitam de motivos. A verdade é, ficar mais velho nem sempre tem vantagens. Flora liberdade, juntamente com milhões de deveres, seus seguidores até a terceira idade, quando se volta a ser criança, pois os outros tomam conta de você, mas a energia da juventude, já não há. Nenhum adeus é fácil, fato. Mas o adeus da inocência é confuso, irritante, complicado, popularmente dizendo “é foda”.
Contos de fadas e brinquedos perdem sentido, ninguém vive mais de fantasia, parece que o gosto amarga antes de entrar na boca. Antes, tudo era festa, o som parece insatisfazer,os balões perdem a cor e a cama elástica tira nossas asas e a capacidade de voar. Para alegrar, bebidas e drogas, felicidade momentânea. Vale tudo, até atropelar quem está na sempre para se dar bem e “o resto? Ah! Que se dane”.
Se todos soubessem a complexidade de completar acumular anos, iriam querer ser crianças para sempre, quero dizer, até a morte. E aí? ainda tem certeza dessa vontade de aumentar o número das velas do seu aniversário?

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