Hoje fui a uma varanda. Digamos um poço de recordações. Fica no último andar do prédio, perto do céu. Alguns meses atrás, era exatamente como me sentia, nesse mesmo lugar. Acabava de ter começado um romance, e eu ansiosa e apaixonada, após ter vivido lindos momentos, trocava mensagens contigo, quase sem acreditar. E observava a cidade, como se estivesse em nuvens.
Acontece que parei e pensei, fiz um flashback mental, passou rápido! Lembro-me das cócegas que você odiava, das suas piadas sem graça, das infinitas horas no telefone na madrugada, de saudades rápidas, do nosso amor ora infantil ora sério, mas sempre intenso, dos planos caso houvesse existência de algo duradouro “se o amor durar, a gente casa!”, dos filmes que não assistimos, do silêncio nosso e dos corações batendo depressa, da hora marcada no siciliano, lembro de tudo, um muito.
Toda noite, isso me perturba, incomoda, faz mal, tudo acabou assim, do nada. E eu continuo vivendo um sonho, em silêncio, e um pesadelo, ao mesmo tempo, esperando essa agonia partir, junto com meu amor!
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