A noite já partia e com ela o fim do carnaval, os carros de som iam sendo desligados e as marchinhas e farras para o ano que vem, vinha o silêncio com o canto dos passáros o novo sol da manhã alaranjado e junto, um frio, cobertor e convite para não virar a madrugada na solidão numa pequena rede. Ela então deita-se do lado oposto dele, mas pelo desconforto acabam cedendo a deitarem com seus rostos próximos e seus corpos, mais unidos ainda. Mas ela tentava sonhar, imaginava aquilo como algo sem fim, nem fazia planos para sair dali, o aconchego lhe bastava. Os beijos surgiram logo e tiraram seu sono, sua paz e a fez tremer, os dois corações acelerarem. E continuou no mesmo lugar, junto a ele, quem sempre desejou em segredo tornando-o seu, ao menos por alguns instantes, o bem-me-quer-mal-me-quer que há tempos perdura por ali, escondido. Depois cada um seguiu para seu dormitório, sabe-se lá o que ele pensa, mas ela, o ama e deu um bom dia, mal sabendo do sono curto que teria, mas continuaria feliz.
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