Luísa chegou em casa muito tarde, deparou-se com um livro em branco e uma caneta sem tinta, nenhuma informação sequer, nem bilhete. Sem vontade de usar mais seus neurônios, pois se a dormir, num profundo e longo sono. Sonhou um sonho. Literalmente um sonho. Coisas irreais, perfeitamente notáveis como não passam de mentiras, ou melhor, de sonhos. Cheio de amor, não de conto de fadas, mas avassalador. Uma louca vida, diferença de sua monotonia, mas nunca, jamais, perfeita. Foram cerca de oito horas de sono. Ao acordar, nenhuma recordação, porém algo diferente: O livro. Cheio de palavras, meio que um diário, desenhos, cartões e um aperto de saudade. Saudade de algo inexistente? Como pode? Foi num passe, um déja vu ou recordação? Tudo nítido, até suas dores. Bem mais interessante parecia. Então desistiu de viver acordada, decidiu viver sonhando, dormindo, pegou sua caneta, quebrou, encheu um copo, bebeu boa noite Cinderela com Tequila, e nunca mais acordou (e nem sonhou!).
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