sábado, 31 de janeiro de 2009

Férias-de-fim.

Eu poderia ficar nesse estado de férias para sempre, sem estresses, sem sono atrasado, nem grandes responsabilidades. Só confetes e serpentinas, música e preguiça, até o tédio é divertido nesse período. Era o que eu mais queria. Foi louca, cheia de novidades e de coisas iguais. Nada de muito sol, mas madrugadas intermináveis.
Mas infelizmente está acabando, as férias, não minha vida, vendo pelo lado bom. Poderei agora aguardar ansiosa pelos fins de semana
, gastar as energias inexistentes com bastante gosto, sabendo diferenciar segunda de domingo, quarta de sexta, coisa que se perde totalmente a noção nessa época. É isso aí, que venham as aulas, professores chatos, matemática, física, almoço após as 13h, provas, o formigueiro chamado CEI III, boas-vindas pro ensino médio, conviver com pessoas de fora do meu agrado, saber o que é estresse novamente, e terei as vezes vontade de ficar em casa, inverso de agora.

Adeus, férias.


domingo, 25 de janeiro de 2009

Dúvida que não quer ser tirada.

Queria saber como é a morte,
mas não quero morrer para saber.
(Por mim)

Isso.

"A dúvida é o preço da pureza,
e é inútil ter certeza. "
(Humberto Gessinger)

sábado, 24 de janeiro de 2009

Confusão eterna de uma mente com dúvidas.

Nunca me senti tão em pedaços como me sinto agora, sinceramente, ficar dividida é a pior coisa do mundo. Porque nessa situação, você acaba trocando o duvidoso pelo certo, mesmo querendo o duvidoso, ou cai na tentação da nostalgia do que (um dia) foi certo. Estou dentro de um nó, que eu mesma fiz sem querer e agora está complicado de desatar, quanto tento desfazer mais ele aumenta, meu maior medo é que esse nó torne-se uma ferida, ou pior, várias feridas. E no fim disso tudo, que me sufoca, confunde, me torna alegre e triste, eu vou jogar esse nó no lixo. Confusão eterna de uma mente com dúvidas. Só estou certa que não tenha certeza de nada que sinto. É tudo muito recente para eu ter uma resposta, mas preciso me decidir, mais tarde ou (de preferência) mais cedo.


(não precisa entender, só precisava falar isso)

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

O estado impecável.

Ela vestiu seu melhor modelito do guarda-roupa, fez a mais delicada maquiagem, colocou o perfume com a fragrância mais agradável. Olhou-se então, diante do espelho, achando seu visual impecável. Seu pai abre a porta do quarto e ela, curiosa por uma segunda opinião, pergunta:


- Como estou?

- Quem deveria saber isso era você.

- Eu?

- Sim, pense bem.


Ele fechou a porta e ela entendeu que nada daquilo servia,

enquanto seu estado de espírito não estivesse do mesmo jeito, impecável.


(Não era o seu caso...)

domingo, 18 de janeiro de 2009

Das antigas,2003.


O índio brasileiro adora pescar

E com a sua lança a caçar

O índio gosta de dançar

Usando colar e cocar


Ele planta mandioca

E depois faz tapioca

E também mora na oca


Também não só divertimento

Também teve sofrimento

Pedro Álvares Cabral

Trocava trabalho deles por material


É assim que eles viveram

É assim que sobreviveram

Como ele é guerreiro

Só pode ser índio brasileiro.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Let it be.

Deixa assim, como está.
Deixa estar, só ou acompanhado.
Dê-nos chance de estar feliz ou triste.

Deixa de
dor.
Deixa estar com um par ao seu lado.
Deixa encher o peito de amor.
Dane-se.

Deixa estar ausente.
Deixa estar com saudade.
Deixa estar descontente.
Esqueça-se.


Deixa estar inconsciente.

Deixa estar essa lembrança.
Apresse-se.


Deixa estar a ganhar.

Deixa estar cheio de esperança.
Deixa devanear.

Deixa estar como estava.

Deixa estar como estará.
Deixe-me então.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Entre rótulos e estereótipos.

Criar estereótipos e rótulos são coisas diárias, vivo me deparando com isso. Mania horrível de julgar pela aparência nossa. Bem, eu acho bastante graça. Outro dia, estava parada na entrada do Shopping e uma pequena menina com aparência de uns 10 anos, passou com seu soverte de casquinha, eu a observei e quando menos espero ela estar a dialogar comigo:
- Ei, tu gosta de rock?
- Sim.
- Então é por isso que tu pinta o cabelo assim, né?
- Ér..
(com ar meio incerto)
- Ah! E tu é playboy?
- Não!
- E o que é playboy?
- Playboy são aqueles garotos, como posso dizer... Aqueles bicho que andam meio assim
(fazendo gestos com o corpo), ta ligada?
- Ah, mas tua amiga é do rock?
(apontando para minha amiga, um pouco distante)
- Não.
- E ela é o que? Patricinha?
- Ér...
(mais um ar incerto)
- Mas me diz uma coisa, o que é emo, hein?
- Ah. Emo é...
Ouço um grito distante e vejo duas jovens, meio distantes uma da outra.
- Ei booooy, larga de pagar uma de indie!
Ai já viu, a pequena menina pôs-se a perguntar mais...
- Indie? Isso tem algo haver com índio?
- Não, Indie é...
- Tá vendo aquele menino ali? Ele é metaleiro?
- Hum...
- Deve ser, porque ele tem cabelão e está todo de preto.
- Ah, mas...
Quando a conversa já estava me dando nos nervos, finalmente me chamam:
- Ei amiga, nós estamos atrasadas, vamos embora!
Então eu fui morrendo de rir e chocada, como desde pequenos, essa mania de rotular nos pesergue... E acredite, se eu não tivesse ido, seriam mais algumas muitas horas questionando o que aquelas pessoas são, ou deixam de ser. Por fim, somos quem podemos ser.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Dedico a ti, André.


Ao que escrevo, não sei por que escrevo, só sei que tive vontade. Eu que nunca fui muito de me abrir por completo, nem fazer muitas demonstrações de carinho, estou aqui, tentando falar de você. Nada de dezoito segundos, minutos, horas, dias ou meses, são anos, dos quais subtraía três, para dar minha convivência contigo. E poderia dizer, sem delongar demais e sem puxar saco, que poucos irmãos têm uma relação tão boa assim, cheia de paciência, companheirismo, amizade. Sim, você é meu amigo, tenho orgulho em dizer isso.
Surpreendo-me a cada manhã que acordo, com sua mente brilhante, não só brilhante, mas acho que um pouco teimosa e do contra, como eu. Talentoso, habilidoso, desajeitado para outras coisas (por exemplo, garrafas de refrigerante).
Graças a ti ou por culpa sua que sempre tive bom gosto para grande parte das coisas do planeta. Uma hora dessas, eu poderia estar num show de FORRÓ DA PEGAÇÃO, já parou para pensar? Pois é, a ti, só tenho a agradecer, por cada sorriso, a ceder, me ajudar, pseudo-dividir o seu quarto e reclamar, por você adorar carinhos estranhos, como mexer no meu cabelo e me cutucar, ou apertar as minhas bochechas.
Parabéns e que nessa maior idade, venham novas experiências, aventuras, sucesso, felicidades. Não tenho mais o que dizer, só mais uma coisa, não poderia esquecer: Te amo.

"Alegria é olhar pro teu sorriso e ter você sempre ao meu lado"

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Sem blá blá blá's

Admiro o silêncio, idolatro a ausência de barulho, falta de vozes. Gosto das respostas mudas, de coisas que não precisam ser ditas para serem ouvidas, ou subentendidas. De quem sabe interpretar o silêncio, assim como eu. Ele não atrapalha, faz bem aos ouvidos, ainda deixa ouvir coisas além do que o dia-a-dia permite como o cantar dos pássaros ou até os ruídos. Um olhar sempre superou uma fala, isso é fato. Um sorriso engole qualquer palavra. Antes observo, depois observo, analiso e se necessário, falo. Apesar de importante, falar não é obrigação. Mas o silêncio é gracioso, por isso, não faça barulho no ambiente , obrigada e calei-me!

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

As (des) vantagens do teclado e Word para o lápis e borracha.


Digitar é mais fácil, não tem problema de não entender a letra, nem de marcas de erros apagados, sem falar que cansa bem menos a mão. Parece muito simples. Mas no papel, com lápis e borracha, você guarda seus rabiscos, coisas que se quer apagar e não consegue, sem falar da marca registrada, mesmo que feia e ilegível, é nossa, a letra. Pelo teclado, tudo parece mais público, de todos. Também há preguiça, toda a praticidade nos deixa preguiçosos, de desenhar letras e gastar tempo, quando se há um teclado. O Word corrige os meus erros ortográficos, apesar de não serem muitos. Torna um semi-analfabeto, culto. Tenho raiva dessa tecnologia, vou comprar um caderninho, e parar de escrever aqui, vão ser só minha as palavras, as idéias, os sentimentos e o prazer. Não vou dividir com ninguém, só na condição de um dia lançar meu livro, tudo com direitos autorais. Abaixa o Word, abaixa o teclado! Viva o lápis e a borracha.

domingo, 4 de janeiro de 2009

O livro, o sonho e Luísa.

Luísa chegou em casa muito tarde, deparou-se com um livro em branco e uma caneta sem tinta, nenhuma informação sequer, nem bilhete. Sem vontade de usar mais seus neurônios, pois se a dormir, num profundo e longo sono. Sonhou um sonho. Literalmente um sonho. Coisas irreais, perfeitamente notáveis como não passam de mentiras, ou melhor, de sonhos. Cheio de amor, não de conto de fadas, mas avassalador. Uma louca vida, diferença de sua monotonia, mas nunca, jamais, perfeita. Foram cerca de oito horas de sono. Ao acordar, nenhuma recordação, porém algo diferente: O livro. Cheio de palavras, meio que um diário, desenhos, cartões e um aperto de saudade. Saudade de algo inexistente? Como pode? Foi num passe, um déja vu ou recordação? Tudo nítido, até suas dores. Bem mais interessante parecia. Então desistiu de viver acordada, decidiu viver sonhando, dormindo, pegou sua caneta, quebrou, encheu um copo, bebeu boa noite Cinderela com Tequila, e nunca mais acordou (e nem sonhou!).

Diálogo com o amor

- Moço que tanto sorri, poderia me responder uma pergunta?
- Pois sim.
- Você conhece o amor? Sabe amar?
- Amor? Amar? O que é isso? Eu não amo.
- Então por que fui chamado até aqui?
- E quem seria você?
- O amor. Ta vendo aquela moça? Você sorri, pois se apaixonará por ela.
- Mentira! Prove-me!
(o amor dividi-se em dois, agora pertence aos dois, ela sorri e ele retribui)
- Ainda vai dizer que não ama?
- Jamais.

Diálogo com a solidão


- Onde você está indo?
- Qualquer lugar, desde que eu não siga sozinha, tenho medo da solidão, e você?
- Não teria porque ter.
- E quanto a mim, posso seguir junto a ti?
- Mas você não me disse que tem medo da solidão?
- Tenho, então por isso que lhe peço companhia.
- Nesse caso, não sou o que você precisa.
- Mas por que não seria?
- Porque eu sou a solidão, muito prazer.

sábado, 3 de janeiro de 2009

Where's the sun?

Espera que o sol já vem. Mas quando digo “espera” é para esperar mesmo, no sentido de tomar chá de cadeira, alguns muitos minutos ou até horas. Já olhou para o céu hoje agora de madrugada? Pois então, o dia está para nascer, à noite partindo, mas nenhum sinal do sol.Algumas possibilidades possíveis, para esse acontecimento: hibernando, vendo o último episódio de seu programa predileto, bebeu demais, está de mau humor e não quer levantar, brincando de esconde-esconde, adoeceu... Ou será que O SOL MORREU? Tenham que certeza não, a terra sem sol não tem iluminação. Hum, mas... Quanta decepção! Ficar acordado até uma hora dessas para não ver nem vestígios de sol, o melhor que tenho a fazer, é dormir, e quando acordar, (não) vê-lo bem alto, quase invisível, com seus fortes raios a brilhar.