segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Estranha chance sem chance.

Manhã e passava um pouco das seis e trinta de domingo. Augusto sentado na calçada, com seu celular na mão. Sinto uma necessidade desinteressante de falar sobre o quão ansioso ele ficou a espera da resposta daquela moça que ele havia beijado na balada da noite anterior fazia pouco mais de duas horas. Acontecendo o que for paixão ou amor podia ser. Mesmo sabendo que ele nem a conhecia, só sabia sobre seu beijo,seu número do telefone e sua meia-calça rasgada,seu nome era mistério, assim como a sua vida. Segurava sua garrafa, chegando ao fim, sentia gosto de água, mas era a velha 51. Oito da manhã e nada, deitado na beira do abismo, sem eira nem beira. Tanto fazia ser Ana Cláudia, Júlia ou Sara... Só queria poder provar daqueles doces lábios novamente, menos que isso, alguma resposta, pra saber que tudo não passara de um sonho. Gostaria de salientar também, dos seus amores passados, um aconteceu por correspondências, outro por um telefonema feito com engano. É confuso falar sobre ele, só isso. Vive no passado de maneira moderna, meio controverso, se é que me entende. Adormecido, na sua última solidão, passou alguém, em estado de expectativa semelhante e com um salto alto nas mãos, observando que havia um colo acolhedor no qual poderia adormecer a espera do príncipe, da cruel lua cheia que se refugiou e deu lugar ao sol. Deitou-se ali, sem pensar duas vezes. Aproximava-se das dez, levantou sobressaltado e achou loucura a situação de uma desconhecida em seus braços. Correu e voltou para casa. Jamais imaginou que pelos seus próprios dedos, deixou escapar quem procurou a vida inteira.

2 comentários:

Camila de Azevedo S. Coelho disse...

Amiga, me surpreende a cada texto...

Thaay disse...

QUE LINDOOOOOOOOO *.*