sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Bom dia, flor! (Parte 2)

A noite inteira sem pregar os olhos, olhando para a lua e pensando na maneira de agradá-la, sem demonstrar interesse e sem causar espanto. Se eu vestir meu melhor traje, vou parecer materialista demais, no caso contrário, vou aparentar desleixo. Nem agridoce posso ser, seria um doce-meio-amargo. E quem não sabe o que significa isso,esqueça, é sem relevância. O melhor a fazer é agir naturalmente, mas já sinto minhas pernas trêmulas, só em imaginar, frente a frente, eu-ela-ela-eu. Vou chamá-la para nos embebedarmos com o vinho do amor. Droga! Esqueci. Ela detesta vinho, só bebe tequila. Chegando perto da meia-noite, desisti de esperar e então fui, a chamei, fomos e pedi tequila porque esqueci que ela só bebe vinho. Como sou desligado, assim ela vai detestar minha companhia e de manhã não me liga de volta, não lembro de ela ter dado seu número, nem telefone celular ela possui.
Mais um dia e acordo ansioso para revê-la, sei que ela estará lá, no mesmo local de sempre, à minha espera. Está apaixonada, tenho certeza disso. A cada passo, meu coração acelera, acho que vou enfartar de tanta emoção. Cheguei ao trailer, ao menos até o local onde o mesmo deveria estar. No entanto, só havia um vazio, uma árvore, que não trazia mais ar puro e um pássaro, que perdeu o canto. Minha querida Nandina deixe de brincar de esconde-esconde, impossível não ter deixado pistas para eu te encontrar. Veja só! Olha quem eu vejo, sabia que só se tratava de uma brincadeira, sua boba, quase que me enganou, hein? Ah! Desculpe, atrapalhando sua meditação, me perdoe, querida. Aliás, trouxe algo para vivermos os momentos mais alucinantes de nossas vidas, é só ingerir três cápsulas dessas e pronto, começará nossa viagem. Está preparada? Não sinta medo.

domingo, 25 de outubro de 2009

Bom dia, flor! (Parte 1)


Vou começar a falar do sol que começa a lançar seus raios por entre as árvores dessa manhã e por falar nela, como está bela, que causou até uma inspiração tremenda para contar a história de uma jovem na qual observei que está vivendo faz alguns dias aqui nas proximidades, num trailer com sua maneira um tanto peculiar e então decidi escrever. Começarei pelo seu nome, Nandina Bonina, incomum. Assusto-me e tenho medo de fantasiá-la demais, porque das ultimas histórias que contei, as pessoas me transmitiam certa necessidade de desabafo, pelos seus destinos tão cruéis. Não tem explicação, mas com ela é diferente, faz com que a paz fique perambulando no ar e por ser tão grande a tranquilidade, me rouba as palavras, me fascina. Jamais pensem que falo assim por estar apaixonado, falo por causa do belo brilho similar aos das estrelas dos seus olhos esverdeados e dos seus longos cabelos escuros que aparentam nunca terem sido tingidos. Inevitável, a partir de agora, vou passar a observá-la diariamente, para desse modo, descobrir algo que possa compartilhar com vocês, caros amigos.
Hoje eu descobri que ela ouve a Janis Joplin, ela não me contou, mas o som chegou aos meus ouvidos. Qualquer semelhança entre elas, é mera coincidência. O que diferencia, é que a moça da voz berrante nunca me causou perda da fala, ao contrário da jovem de baixa estatura e pele branca cheia cicatrizes. Algo curioso, é uma pulseira cor de limão, lembro de ela ter me contado que se trata do seu amuleto de sorte, enquanto mordia compulsivamente seu dedo mindinho. No entanto, dizem que ela nunca dirigiu a palavra a mim. Ainda é pouco, preciso sair dessa inércia. Já são seis dias que a olho, pensei em comprar dois ingressos para irmos juntos ao Woostock, mas ouvi em meio a risadas, que já fazem mais de três décadas que aconteceu. Que farei para criar um laço com a jovem? Sinto-me inferior quando se trata de valores para com a vida. Mais inferior ainda quando tento aproximar-me dela. Algo me impede, talvez eu mesmo. De o próximo raiar do dia não passa, trocarei ideias de simplicidade e beleza como o canto do passarinho. (...)

sábado, 17 de outubro de 2009

Don Juan de Marco.


"Meu nome é Don Octávio del Flores. Sou o maior psiquiatra do mundo.Já curei mais de mil pacientes.Seus rostos perduram em minha memória como dias de verão...mas nenhum se compara a Don Juan DeMarco.Então, não foi tão insano nos encontrarmos num avião voando para ilha de Eros. Era como o Éden antes da queda. Tudo parecia possível.E como termina nossa fábula? Sua Doña Ana, a da foto do meio, estaria ela esperando na praia por toda a eternidade até que ele voltasse como haviam prometido? Por que não? Tristemente, devo informar que o último paciente de quem tratei, o grande amante Don Juan DeMarco, sofria de um romantismo que era absolutamente incurável, e o que era ainda pior, altamente contagioso..."

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Nostalgia.




Segundo o Wikipedia:
“Nostalgia descreve uma sensação de saudades de um tempo vivido,
frequentemente idealizado e irreal.Nostalgia é um sentimento que surge a partir da sensação de não poder mais reviver certos momentos da vida.”


E o dicionário:
1.Saudade pungente de coisas, pessoas ou situações do passado.
2. Melancolia acentuada resultante de saudades da pátria.”

Busquei-me hoje no fundo da gaveta, nos arquivos antigos, nas fotografias dos anos anteriores. Senti que fui roubada, senti que faltava algo a mais. Típico sentimento nostalgico, o qual não pode ser saciado ou extinto com um novo encontro ou momento, eis a sua diferença da saudade, ai está o que mais doeu e é minha maior melancolia. A quantidade de pessoas que você perde, porque simplesmente as ideias não são as mesmas, ou a vida fez questão de separar, devagarzinho...
O número de sorrisos que ficaram ali ,as lágrimas que causam gargalhadas, aquela música e aquela festa que tornam impossível sentir-se completo. Todas as coisas ficaram com o tempo mas nem ele as guardou, passou por cima. Até meus amores não mais quem são e até me pertencem quando retorno ao local em que foram todinhos meus, seja o cinema, a boate, a parede ou o corredor. Dá um aperto ao saber que a inocencia e a sinceridade vai indo embora, que as piadas perderam a velha graça e que aquele lugar onde eu brincava quando criança não existe mais.E desse modo fica pedaço em pedaço, segundo em segundo, em retalhos, dividida a vida.


Ps¹: desculpem o post sem nexo, sem coerência e sem sentido,
mas queria escrever e não estou nos meus dias mais inspirados.