Começar o ano com o pé esquerdo não significa que o restante dele será ruim. Ou que se começá-lo em casa, irá passar a maioria dos seus dias trancado. Pensa-se numa noite na qual quando o ponteiro marcar zero hora, a alegria salta do peito de forma estonteante quanto o colorido do céu oferecido pelos fogos, abraços grátis vem à tona, brindamos, pulamos sete ondas e fazemos várias atividades supersticiosas. As mulheres usam calcinhas de cores que dêem sorte naquilo que desejam, seja amor ou dinheiro. É a festa, ritual de passagem, de virada de página e de muito esquecimento também. Basta uma dose. Adeus injustiças, políticos corruptos, crimes, guerra e miséria. Depois tudo retoma, com um ar de mudança, inovações. Isso porém, não dura o ano inteiro. Um dia anula o outro. Está certo, não. Mas cada um tem sua particularidade. Você não pode mudar os imprevistos diários porém, é possível contorná-los, tirar os espinhos. Retrospectiva do que nos cerca deixo para os canais de televisão. A da minha vida, na memória. Vamos então, nos embriagar. Mas as doses precisam ser dez vezes maiores do que a do ano que se vai. Uns drinks de amor e paz, rápido! E é necessário perceber, que para mudar o mundo, deve-se olhar para o próprio umbigo e para o que está a nossa frente. E por fim: "eu te desejo não parar tão cedo, pois toda idade tem prazer e medo. E com os que erram feio e bastante, que você consiga ser tolerante".
Um ano diferente e feliz, para todos que me lêem.