Gostamos de shoppings, parques, baladas, restaurantes, bares e viagens, de paz, amor, tranquilidade e felicidade. Porém, cemitérios nunca foram lugares dos quais nos atraem e costumamos frequentar. Será pela imagem construida desda infância, em que as noites os mortos estarão lá, dispostos a te assombrar ou roubar sua alma? Não sei o motivo real, mas realmente o evitam. Talvez seja pelas saudades trazidas ao ver seu ente-querido, com o nome gravado em uma lápide e a sete palmos embaixo da terra. No fim de tarde hoje, por um acaso, visitei o cemitério mais bonito que já vi e faz jus a seu nome "Morada da Paz" quebra logo todas as más espectativas sobre o ambiente malígno, mostra o outro lado da moeda, se existe realmente céu, deverá ser similar. Meu avô, que lá está em corpo, quem sabe em alma, no durar de sua doença, sempre deixou explicíto seu desejo: ser enterrado num belo jardim, com passáros cantando, árvores e flores, diferente daqueles que costumava ver por ai. Adivinhem? Seu (último) desejo foi realizado. Revejamos nossos conceitos errados, colocando certas coisas em nossas cabeças, sem tristeza, por favor! Lembrar que, aquele lugar, é antes de tudo, onde há, não somente corpos, mas histórias presas, silenciadas, de boas ou más pessoas, felizes ou tristes, feitas da mesma matéria, virando pó a cada noite passada, eternizada por alguns e insigficantes para outros. Nosso caminho é igual, no fim das contas, pelo menos em terra, a questão de céu e inferno, vai bem mais além...
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